“Vamos cobrir de luto as escolas. Estamos de luto por aquilo que estão a fazer ao país”. Palavras de Mário Nogueira, anunciando a próxima ação de luta dos docentes e investigadores portugueses, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
No Sábado, 26 de janeiro, milhares de professores encheram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, protestando contra os cortes na Educação e a política antissocial do Governo – “Terrorismo social enche o bolso ao capital”, foi uma das palavras de ordem mais entoadas. A abrir o desfile, dirigentes da Fenprof empunhavam um pano onde se lia: “Professores contra a catástrofe, por um país com futuro”. Os manifestantes pediram, ainda, a demissão do ministro da Educação – “Crato para a rua, a escola não é tua” – e exigiram políticas que garantam o futuro do ensino e do país: “Matar a Educação é destruir a Nação”.
“Este protesto é, simultaneamente, um grito de revolta e um abanão na resignação. Tínhamos de o fazer, face ao que está a acontecer ao nosso país. Entre muitas outras ações extremamente perigosas, estão a tentar demolir o edifício democrático que é a Escola Pública”, justificou o secretário-geral da Fenprof.
Segundo a federação sindical, o número de manifestantes ultrapassou “largamente” as expectativas, que apontavam para 30 mil.
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