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Biólogos alertam para a extinção do boto

Biólogos da Universidade de Aveiro (UA) e da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem alertam para a possibilidade de extinção do boto, em menos de 20 anos. No primeiro semestre de 2018 foram registados 27 botos mortos na costa portuguesa, um número elevado que os especialistas relacionam com a captura acidental em artes de pesca.

“Este valor já ultrapassa em muito os valores registados para o primeiro semestre dos anos anteriores, desde que há registos”, refere Catarina Eira, bióloga do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA e coordenadora do projeto LIFE MarPro, dedicado à conservação de espécies marinhas portuguesas como o boto e o roaz. Catarina Eira considera que é “provável que um aumento na mortalidade venha a revelar um prazo de extinção ainda mais curto” para os botos nacionais.

A maioria dos botos foram encontrados entre o Porto e a Nazaré, sendo então esta zona a mais preocupante para a conservação da espécie. “Esta zona concentra uma atividade de pesca bastante intensa. Apesar dos esforços desenvolvidos pelos pescadores para evitarem as capturas acidentais, a [arte] xávega, cuja expressão é maior nesta área, pelo seu carácter muito costeiro, acaba por ser responsável por uma parte da mortalidade”, aponta a bióloga, que lembra ainda a existência de pesca ilegal.

Fotografia: Nic Davies


  
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