A Associação Nacional de Estudantes de Medicina defende que o número total de vagas disponíveis neste curso deve ser reduzido, por considerar que as instituições não estão em condições de garantir uma formação de qualidade a todos os alunos. A reivindicação surge na sequência da apresentação pública do projeto de despacho de vagas no Ensino Superior para o ano letivo 2014/15, que mantém o número de vagas para os cursos de Medicina.
A ANEM recorda uma recomendação de 2012 do Grupo de Trabalho para a Revisão do Internato Médico, que propunha a redução de vagas para dois terços da atual oferta, sublinhando que esse grupo de trabalho afirmava que “só deste modo, se poderá manter e reforçar o bom nível de formação pré-graduada e assegurar, aos que chegam ao sistema formativo do Ministério da Saúde, uma profissionalização que respeite os parâmetros europeus”.
Em comunicado, a ANEM defende que “a redução do ‘numerus clausus’ para as escolas médicas nacionais e a extinção do concurso especial de acesso a titulares do grau de licenciado [...] são medidas essenciais na defesa da qualidade do ensino médico. São também necessárias para garantir a sustentabilidade de uma formação médica integrada e consequente qualidade da prestação de cuidados no Serviço Nacional de Saúde”.
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