VOZES DA DIREITA
O líder francês de extrema-direita Jean-Marie Le Pen insistiu em descrever as câmaras de gás nazis como um "detalhe da História da II Guerra Mundial", em entrevista publicada sexta-feira, 25 de Abril, na revista "Bretons". Le Pen chegou a afirmar que havia "proibido" a revista de publicar a entrevista, mas não negou as suas palavras. O Ministério Público anunciou que estuda a possibilidade de indiciar criminalmente o ex-candidato à presidência. "Eu disse que as câmaras de gás são um detalhe da História da II Guerra Mundial: parece tão óbvio", disse na revista distribuída na região da Bretanha (oeste) e na região parisiense. Sobre o número total de mortos da Segunda Guerra Mundial, Le Pen cita o número de "50 milhões de pessoas". Mas o repórter interrompe-o, dizendo que "o problema não é o número de pessoas mortas, mas como elas foram mortas". "Mas isso é no quê você acredita. Não tenho a obrigação de aderir a essa visão", responde o líder da direita. Le Pen, de 79 anos, havia falado pela primeira vez sobre as câmaras de gás como um "detalhe" da guerra em 1987, para a rádio RTL. Cerca de 1.100.000 pessoas, dentre um milhão de judeus, foram mortas pelos nazis no campo de Auschwitz-Birkenau entre 1940 e 1945.
AFP
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