Ao que leva a guerra
Um grupo de direitos civis norte-americano, o Centro de Legislação de Pobreza do Sul (CLPS), denunciou recentemente que grupos de inspiração neonazi estão a infiltrar-se nas forças armadas americanas e a receber treino militar. Esta organização, que segue de perto os passos de grupos extremistas nos Estados Unidos, pediu que o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, aprove uma política de tolerância zero junto destes grupos, que acreditam na supremacia da raça branca no exército. "Os grupos neonazis e outros extremistas estão a integrar-se em grandes grupos nas forças armadas com o objectivo de obter o melhor treino mundial no uso de armas, tácticas de combate e explosivos", explica Mark Potok, coordenador do CLPS, advertindo para o perigo do reforço de uma ideologia que apela à guerra e à revolução racial. ?Qualquer um deles poderia ser o próximo Timothy McVeigh", diz Potok. McVeigh, veterano da Guerra do Golfo e defensor da supremacia da raça branca, detonou um carro-bomba nas imediações de um edifício federal em Oklahoma, em Abril de 1995, matando 168 pessoas. Após este atentado e outros incidentes envolvendo militares na reserva, o Pentágono tomou medidas para manter extremistas fora do exército. Mas o CLPS afirma que os padrões são agora menos rígidos, devido à pressão para formar um crescente número de militares para os palcos de guerra em que os Estados Unidos estão actualmente envolvidos.
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