DIREITOS HUMANOS
O comandante em chefe do Exército chileno, general Juan Emilio Cheyre, admitiu recentemente que alguns militares e oficiais de alta patente daquela instituição não cumpriram com os seus deveres quando cometeram violações dos direitos humanos sob a ditadura do general Augusto Pinochet. Cheyre afirmou que "algumas pessoas - não a unidade como todo ? fizeram-no motivados pelo clima de confrontação que até 1990 foi vivido fortemente no país". O chefe militar não mencionou de forma explícita os assassinatos, desaparecimentos forçados e torturas atribuídas aos agentes do regime de Pinochet (1973-1990), mas lembrou os processos que se encontram nos tribunais contra centenas de militares na reforma. A mudança na instituição, segundo Cheyre, deverá basear-se em considerar os países vizinhos como ?verdadeiros parceiros e amigos com projectos comuns" e basear-se num "processo educativo de revalorização dos direitos humanos". O militar abordou este tema durante a cerimónia de encerramento do Batalhão de Serviços Especiais do Exército, criado em 1985 pelo general Pinochet, que será substituído pela Agrupamento de Segurança Militar.
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