DURAÇÃO DA ESCOLARIZAÇÃOEm todo o mundo as crianças passam cada vez mais tempo nas escolas, mas as desigualdades continuam muito grandes entre um aluno finlandês, que pode estudar para além dos 17 anos, e um aluno africano que não fica na escola mais do que seis a sete anos, constata a UNESCO num relatório publicado em 20 de Abril. "Por todo o mundo as crianças ficam cada vez mais tempo nas escolas, mas desigualdades substanciais permanecem entre países e regiões", segundo a edição de 2004 da recolha de dados mundiais sobre a educação levada a cabo pela UNESCO. "Na Finlândia, na Nova Zelândia ou na Noruega, um jovem pode esperar receber mais de 17 anos de ensino, ou seja, o dobro do que o esperado por um aluno no Bangladesh ou na Birmânia e quatro vezes mais do que uma criança na Nigéria ou em Burkina Faso", afirma-se no relatório. As crianças da Europa, América do Sul, Oceânia e América do Norte são as que mais tempo passam na escola (entre 11 e 12 anos). Na Ásia, esta média é de nove anos e em África de 7,6 anos. "A mais frágil esperança de escolarização do mundo, que passa apenas por dois anos de escolarização, é a do Afeganistão, segundo a UNESCO. Se é verdade que a duração da escolarização aumentou, nos últimos dez anos, na maior parte dos países do mundo ela diminuiu nalguns deles como é o caso do Congo. A recolha de dados mostra de uma forma clara que existe uma forte relação entre a esperança de escolarização e a riqueza nacional. Mas mostra também que a um aumento do PIB não leva sempre ao desenvolvimento da educação, nota a UNESCO. O relatório nota que "Djibuti e Angola têm níveis de rendimento per capita comparáveis aos do Vietname, Lesoto ou Bolívia" mas observa-se que "nos primeiros dois países a duração média de escolarização é de apenas cinco anos, por contraste com os dez ou mais anos dos outros".
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