INTERNETA Lacnic (Latin American and Caribbean Network Information Centre), organização que administra os recursos da Internet na América Latina e Caraíbas, reuniu-se recentemente em Montevideu, capital do Uruguai, e pediu uma maior internacionalização do governo da rede de intercomunicação electrónica. "Precisamos de informação em mais idiomas, tradução simultânea nas reuniões, continuar com o processo de abertura de delegações regionais para melhorar a comunicação com os actores de cada região e processos adequados para promover uma maior participação do público", referiu o director executivo daquele órgão, o uruguaio Raúl Echeberría. O director da Lacnic observou também que "não existe um 'governo da Internet', nem a Internet é 'governável' como um todo, pois há muitos e vários aspectos relacionados com a rede que são discutidos em distintos âmbitos e organizações e outros que estão condicionados a regulamentações e legislações locais". "Sendo assim, não há organização ou um único âmbito" para os múltiplos aspectos relacionados com a rede (comércio electrónico, propriedade intelectual, comunicações, direitos humanos, educação, privacidade e outros), "nem um único organismo onde são tomadas decisões e, portanto, não existe o tão famoso governo da Internet". "O modelo mais sensato parece ser manter estas funções (de administração de recursos) em organizações participativas onde se expressem todos os interesses, onde o sector privado e as organizações da sociedade civil mantenham um papel importante" e haja "um nível de participação apropriado" dos governos.
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