Mais de 200 milhões de crianças trabalham no mundo, segundo a OIT
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Existem no mundo mais de 200 milhões de crianças de ambos os sexos a trabalhar em condições degradantes - sujeitas inclusivamente a diversas formas de escravidão, exploração sexual, trabalhos forçados e servidão -, forçadas pela pobreza, o crescimento populacional e a globalização da economia, informou recentemente a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "O número, apesar de ser preliminar, representa uma situação mais ou menos estável nos últimos cinco anos, o que não é um bom indicador", disse Frans Roselaers, director-geral do Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC) daquela organização, sediada em Lima, capital do Peru.
O espanhol Eduardo Araujo, director de programação da OIT para a América Latina, afirmou que este continente possui 20 milhões de crianças a trabalhar ilegalmente. "É preciso eliminar pelo menos metade deste número de forma urgente", destacou Araujo, referindo que a exploração sexual será difícil de ser quantificada sem a realização de uma "investigação focalizada".
Por outro lado, estes responsáveis destacaram que a nível mundial existe um crescente
número de governos comprometidos com o IPEC, informando que 118 países - dois
terços dos membros da ONU - ratificaram os convénios da OIT contra o trabalho
infantil, nomeadamente o convénio 182 - proibição das piores formas de trabalho
infantil - e do 138 - idade mínima de admissão na vida activa. Neste capítulo,
destacaram, na América Latina, os programas vigentes na República Dominicana,
Brasil e Equador. Sendo a pobreza a principal causa do trabalho infantil, concluiram,
é necessário "reforçar a educação", porque "sem ela não há solução sustentável
a longo prazo".
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Ficha do Artigo
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Edição:
Ano 11, Maio 2002
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Autoria:
Agence France-Presse
Agence France-Presse
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