A UNICEF baseou a sua agenda de paz e segurança no conceito que é título deste escrito. Onde estão os "dias de tranquilidade" e os "corredores de paz" nos calendários ou nos itinerários dos donos das guerras? Onde estão os esforços para regular as forças da globalização por forma a que a sua expansão não resulte em maior pobreza para os pobres e crescente fragilização para os vulneráveis? Estas perguntas, assim para aqui atiradas, fazem-se acompanhar de fios condutores ou indutores de reflexões pesadas e respostas pessimistas. Seja contrariada a tendência e ensaie-se a substituição de "zona" por "sementes". Porventura, a fasquia aliciará mais o cidadão que enfrenta o obstáculo, não por ser mais curto o salto, mas por sentir que tem sapatilhas para tal piso. Terminamos um ano lectivo em que, em amostra apreciável da comunidade educativa do norte do nosso país, assistimos a pequenos-grandes passos no sentido de enriquecer as colheitas dos anos/gerações futuros. Sem preconceitos nem pretensões mal dimensionadas parece legítimo afirmar-se que a campanha "A Escola contra a Violência na Família" criou espaços de verdadeira e promissora construção de cidadania. É particularmente gratificante o facto de a designação não ter comprometido a abrangência da acção, coisa que chegou a emergir como mau agoiro. Relatório final (final, só porque assim é usado chamar-se) há-de aparecer. Não vai deslumbrar, nunca existiu tal objectivo, mas vai dar conta de metodologias utilizadas e de sensibilidades detectadas. Não é que tal produto se destine a arquivo morto, mas seja dada prioridade a uma primeira análise do(s) processos desenvolvidos. Foram ricos em diversidade e generosos em empenhamento, desenvolveram-se dentro do espírito dos Projectos Educativos das Escolas/Agrupamentos e, sobretudo, honraram o motor que as gerou ? a necessidade de cultivar a não violência. Queremos acreditar que muitas sementes foram lançadas, que a terra foi trabalhada de acordo com a sua composição e que as mãos ganharam destrezas novas para uma colheita que alimente a tal zona que o humanista sueco Nils Thedin definiu. Iracema Santos Clara Escola E. B. 2/3 Dr. Pires de Lima
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