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Um conjunto de 75 países em desenvolvimento encontra-se em risco de não conseguir atingir o objectivo da ONU de escolarização primária de todas as crianças até 2015, lamentou recentemente a Comissão Europeia. "A boa notícia é que a taxa de escolarização de raparigas aumentou", congratulou-se o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel, à margem de uma conferência internacional sobre Educação realizada em Bruxelas, reconhecendo e lamentando, no entanto, que cerca de 77 milhões de crianças continuem afastadas da escola e que 75 países não estarão em condições de atingir os objectivos do milénio em 2015 se não houver uma mudança de estratégia. Para alterar esta situação, Louis Michel insistiu na necessidade de uma ajuda suplementar de 7 mil milhões de euros. Apesar de a Comissão Europeia ter já garantido uma verba de 1,7 mil milhões de euros para o período 2007-2010 e de outros doadores se terem comprometido igualmente com este objectivo (740 milhões do Reino Unido, 8 milhões da Alemanha, 1,8 milhões do Japão e 3,7 milhões da Fundação George Soros), a organização Global Campaign for Education denunciou aquilo que considera ser um "claro distanciamento em relação ao montante global exigido". "Mais uma vez, os países ricos desiludiram os mais pobres e as crianças que com eles contavam. Os ministros desembolsaram apenas umas notas e não as cadernetas de cheques", lamentou Kailash Satyarthi, presidente desta organização não governamental, referindo que "uma primeira análise mostra que as verbas agora anunciadas serão apenas suficientes para proporcionar educação a cerca de um milhão de crianças nos países em desenvolvimento".
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