Os Estados Unidos reclamam, no Iraque, a glória da morte do líder local da Al-Queda, Abou Moussab Al-Zarkaoui, contra o qual tinha sido emitida uma nota de recompensa de valor idêntico à que vigora contra Ossama Bin Laden ? 25 milhões de dólares. Mas apesar do feito, os Estados Unidos continuam a evitar falar em retiradas militares do Iraque, como o próprio presidente George W. Bush confirmou, em Camp David, no final de uma reunião com o director da CIA, Michael Hayden, com o director da Agência de Defesa Nacional, John Negroponte, com o conselheiro de segurança, Stephe Hadley, com o vice-presidente , Dick Cheney, com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e com o secretário da defesa, Donald Rumsfeld. Dias antes, o contra-almirante que comanda a base americana de Guantánamo, onde os Estados Unidos possuem um campo para concentrar prisioneiros supostamente implicados no 11 de Setembro, classificava o suicídio de três prisioneiros ocorrido no campo como um acto planificado, não espontâneo. O comandante da prisão e do campo considerou que os suicídios estão longe de ser um acto de desespero de inocentes há quatro anos privados de liberdade e sem conhecerem as acusações, rebatendo assim as considerações de um alto funcionário das Nações Unidas Para aquele militar, os três suicídios não passam de mais um ?ataque? contra os Estados Unidos que visará alimentar a ideia de que será preciso que morram três prisioneiros para que os restantes sejam libertados. Como que a confirmar esta teoria da conspiração, os aliados europeus de Washington começam a pedir o encerramento do campo de Guantánamo. Vicissitudes de uma guerra pelo controlo efectivo dos recursos petrolíferos, a mesma guerra que faz com que a Austrália, que envia tropas para Díli, aparentemente a pedido das autoridades timorenses, não se coíba de condenar o próprio Governo de Timor. Tal como o fizera ? antecipando-se ao marido ? a australiana casada com o presidente timorense Xanana Gusmão.
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