VIOLÊNCIA
A Alemanha está preocupada com o aumento da violência entre os jovens no país, principalmente depois de uma série recente de crimes alarmantes na capital, Berlim, que abalaram a opinião pública. Apesar de os actos de agressão permanecerem "isolados", como referiu o ministro do Interior de Berlim, o social-democrata Erhard Koerting, a violência parece nestes últimos tempos estar a entrar no quotidiano dos estabelecimentos de ensino. O número de casos de agressões com arma branca, de porte ilegal de arma nas escolas e de crimes sexuais cometidos por menores de idade contra outros menores é cada vez maior na cidade e no resto do país. O número de alunos considerados portadores de problemas de ordem emocional ou de integração passou na capital alemã de 800 para 3 mil desde 1996 e o número de adolescentes suspeitos de crimes sexuais mais do que duplicou desde 1993. Segundo as estatísticas da polícia, a faca é a arma mais utilizada pelos jovens, com registos de 66% nos casos de agressão registados em 2005. Perante a onda de violência entre os jovens, os partidos políticos defendem a necessidade de medidas sociais e jurídicas, como controlos mais rígidos nas escolas, a redução da idade penal (actualmente de 14 anos), sanções contra os pais que se negarem a cooperar com as autoridades e a adopção do uniforme nas escolas. Os especialistas, por seu lado, pedem "uma aliança entre os pais e as escolas", lembrando que a melhor arma contra as armas continua a ser o diálogo.
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