Euskadi Ta Askatasuna (ETA) declarou um cessar-fogo permanente a partir de 24 de Março de 2006, tendo em vista lançar um processo democrático no País Basco que culmine numa consulta popular, sem restrições, com poderes para definir o futuro da região entre todas as possibilidades de opções políticas. Um novo estádio de uma luta de mais de meio século pela independência. Em França, o movimento estudantil, com apoios no movimento sindical e nos partidos de esquerda, está a mobilizar centenas de milhares de jovens, em muitas cidades, em luta por uma mudança radical nas políticas sociais, num movimento despoletado por uma lei que permite o despedimento sem justa causa dos trabalhadores com menos de 26 anos. Faz lembrar a contestação de Maio de 1968 protagonizada pela geração que está hoje no Poder. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha (na qualidade de país que tentou negociar um acordo com Teerão sobre o nuclear) ainda não conseguiram a unanimidade nos termos da condenação iraniana por, alegadamente, este país querer ser uma potencia nuclear militar. Apesar das advertências de Condoleza Rice, secretária de Estado Norte-americana para quem a ONU não pode demorar muito a condenar Teerão. Sublinhe-se, a propósito, que desacordos nesta matéria não têm impedido, noutras circunstâncias, que os Estados Unidos da América e alguns países seus aliados, invadam e bombardeiem países independentes. Nos Estados Unidos, por ocasião do terceiro aniversário da invasão do Iraque, voltou a levantar-se a hipótese da substituição do controverso secretário de Estado da Defesa Donald Rumsfeld, acusado por um editorialista do New York Times, Maureen Dowd, de ser um velho e excêntrico tio a quem ninguém liga? Ninguém, salvo, pelo menos George W. Bush. É de sublinhar. Na Bielorrússia, a reeleição do presidente Alexandre Loukachenko, com 82,6% dos votos, continua a ser contestada por milhares de opositores que acusam as autoridades de fraude eleitoral. Tudo compassos de espera, sublinhe-se.
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