Página  >  Edições  >  N.º 147  >  Aliança: Família e Escola

Aliança: Família e Escola

Nossa sociedade mudou.... Tanta mudança gera confusão e expectativas.
Neste contexto, o melhor que podemos fazer por nossos filhos é sermos consistentes na sua formação, a frustração, o não dito com firmeza, as tarefas diárias, o dinheiro regulado, o tempo organizado, e outros limites, favorecem a conscientização cidadã. Mas, nada disto terá qualquer significado se não for mediado pelo exemplo dos adultos; nossos filhos são frutos do meio, porém é na relação familiar que os verdadeiros valores se formam e se consolidam. De nada adianta os pais darem limites, como assistir à tevê só em determinadas horas, proibir certos tipos de música, cobrar respeito ao próximo, exigir que não falem palavrão, se eles burlam as leis e os valores morais e adotam a postura: ?faça o que eu falo, mais não faça o que eu faço?. Suas atitudes valem mais que mil palavras. Busque ações simples e concretas que possam ajudar seu filho a assumir responsabilidades de forma coesa e correta, como por exemplo: peça a seu filho, para que o ajude com os afazeres da casa, comente com eles os programas e músicas atuais, coloque-o a par da realidade financeira da família. A criança que aprende ter responsabilidades desde pequena, sai melhor na escola e na vida! Seja um modelo a ser seguido, que lê, gosta de resolver problemas, tentar coisas novas e que respeita a si mesmo, o outro e as regras da sociedade.
Na relação com a escola, esteja seguro da escolha que fez e dê espaço para a escola trabalhar. Demonstre respeito tanto pelo sistema escolar quanto pelo professor.
Quando a criança entra na escola, ela começa a aprender a enfrentar a vida por conta própria. E, se os pais insistem em intervir nesse processo, só um sai perdendo: a criança ou o jovem. Perguntar  ao filho  como foi o dia na escola é positivo, ajuda-o a sentir que a escola é importante para a família, porém, quando isto se torno uma cobrança, onde o filho é obrigado a falar sobre a escola, se transforma em um desrespeito. É preciso que os pais entendam que a escola é o primeiro lugar onde os seus filhos têm controle sobre uma situação que eles (pais) não têm. É o primeiro sentimento de privacidade! Devemos respeitar isto. A criança não querer comentar sobre a escola, não significa que não goste da escola.
Na escola, seu filho deverá compreender que os deveres de casa, os trabalhos escolares e as notas são questões entre ele e seus professores. Seu filho deve sentir-se responsável pelo êxito e pelos fracassos na escola. Muitas vezes por ansiedade ou por necessidade de controle, invadimos o espaço escolar, a intenção sempre é a melhor, porém corremos o risco de passar a mensagem errada, assumindo a responsabilidade de estudar no lugar de nossos filhos. Os pais que se sentem responsáveis pelo aproveitamento escolar de seus filhos abrem a porta para que seu filho passe a responsabilidade disto para eles: os pais. Demonstre interesse pelos assuntos escolares, mais deixe claro de quem é a responsabilidade.
Hoje existem inúmeras propostas e metodologias, cabe a cada família buscar aquela que melhor ira complementar a formação que deseja para seus filhos e assumir esta aliança, pois seus comentários e principalmente suas ações influenciam diretamente na vida escolar de seus filhos.


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Edição:

N.º 147
Ano 14, Julho 2005

Autoria:

Thereza Bordoni
Mestre. Pesquisadora Educacional. Directora da A&B Consultoria e Desenvolvimento, Brasil
Thereza Bordoni
Mestre. Pesquisadora Educacional. Directora da A&B Consultoria e Desenvolvimento, Brasil

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo