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a Página

editorial

Dezoito anos depois da saída a público do número Zero do então mensário A Página, no já longínquo dia 21 de Dezembro de 1991, chega aos leitores a edição de Inverno de 2009 da revista a Página da Educação, sob a direcção de uma nova equipa em consequência do infeliz desaparecimento do seu primeiro director – José Paulo Serralheiro.

Isabel Baptista





Abel Macedo

A memória social e profissional dos professores é um tema geralmente pouco tratado, mas fundamental para compreender a história da profissão e para a afirmação da identidade docente. E foi o ponto de partida para uma entrevista com Abel Macedo. Ao longo da conversa, oportunidade para abordar, também, as recentes movimentações dos educadores e professores portugueses em defesa da sua dignidade profissional e para questionar o papel dos sindicatos na sua afirmação perante a opinião pública. Abel Macedo é co-coordenador do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) – a cuja comissão instaladora pertenceu, em 1982 – e membro da direcção desde 1985. Integra o Conselho Nacional e o Secretariado Nacional da Fenprof e, em representação desta, é coordenador da CPLP-Sindical da Educação.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Um tipo de linguagem “suave” pode ter eficácia de um determinado professor para um determinado aluno, mas ser desastrosa se for usada por outro professor com esse mesmo aluno numa outra disciplina. Vários factores poderão provar o que acabei de dizer: os traços de personalidade dos intervenientes são diferentes, a área disciplinar é diferente, a relação entre os agentes é diferente, a receptividade à matéria é diferente, a disposição momentânea é diferente...

Luís Ricardo





Em época de especiais dificuldades económicas, é ainda mais chocante a autêntica extorsão a que são submetidas, no início de cada ano lectivo, as famílias que têm crianças a estudar. Por isso, são de saudar todas as diferentes iniciativas que permitem que os manuais escolares sejam fornecidos gratuitamente a alguns estudantes do ensino obrigatório mais carenciados.

Renato Soeiro





Manuela Esteves

Professora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (UL) desde 1988, Manuela Esteves é membro da Assembleia de Escola e do Conselho Científico do Instituto de Educação da UL, em fase de instalação. Integra, desde 1983, o Conselho Nacional da Fenprof e faz parte da Direcção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (Departamento de Ensino Superior). Tendo em conta a sua longa experiência na área de formação de professores e o seu passado e presente como sindicalista, a PÁGINA foi ouvir Manuela Esteves em torno da memória social e profissional dos professores –, levantando ainda outras questões sobre a prática profissional e os desafios que actualmente se lhe colocam.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Atentos às reflexões que o conhecido filósofo José Gil vem fazendo sobre algumas manifestações identitárias (objectivas e subjectivas) dos portugueses, detemo-nos especialmente sobre os seus livros “Portugal Hoje: o Medo de Existir” (2004) e “Em Busca da Identidade: o desnorte” (2009), destacando uma ponderação contida no segundo livro.

Leonel Cosme





O papel determinante do manual escolar e o seu maior ou menor contributo na didáctica constituem uma fonte de investigação sobre e na realidade pedagógica. Esta investigação pode ser organizada pela via directa, ou por uma via de desobstrução, uma vez que há fracções da cultura escolar que não tiveram o manual como objecto e a pedagogização do livro escolar não se efectuou sempre da mesma forma e com igual intensidade na história da educação.

Fernando Guimarães





O estudo da antropologia urbana, que segundo Burke “se centra sobre a forma de viver dos camponeses emigrados e as ‘aldeias urbanas’, as comunidades existentes no interior das cidades”, traz à tona identidades políticas e culturais. Essa busca pela antropologia se deve à intensidade com que surgem bairros de identidade específica, com moradores ou freqüentadores de características únicas e similares. Antropólogos e historiadores concordam sobre a importância das relações de parentesco para esclarecer o enredo da urbanização das cidades, uma vez que um dos fenômenos que está na origem dessa urbanização começa pela chegada dos seus próprios moradores, pelo início da expansão populacional: a migração.

Camila Garcia
Plínio Corrêa Júnior





Em termos gerais, será seguro afirmar-se que o paradigma da sociabilização se alterou de modo radical, sobretudo quando nos reportamos à realidade daquele que se convencionou chamar de mundo desenvolvido. Os tempos recentes em que nos libertámos de muitos dos espartilhos morais e ideológicos, também ao compasso do salto que a humanidade deu em termos dos veículos de comunicação e do acesso a bens de conforto, de cultura e de lazer, evoluíram com grande voracidade perante nós que nos confrontamos com a condição de espectadores, em supremacia com a de actores.

Luís Vendeirinho





Este es el llamativo título de un artículo que publicó hace tiempo Phillipe Perrenoud en un periódico suizo. Me alarmé cuando lo leí aunque, conociendo al famoso sociólogo, pensé de inmediato  en el tono incisivo e irónico del aserto.

Miguel A. Santos Guerra





Tendo como tema Profissão Professor: Encontros/Desencontros, o Sindicato dos Professores da Madeira promoveu uma tertúlia educativa animada por Ariana Cosme e Isabel Baptista, respectivamente das universidades do Porto e Católica – simultaneamente, dois nomes da PÁGINA.

Nélio de Sousa





Era ainda moço, mas não esqueço o rosto de Violante. O rosto e o seu trágico silêncio. Aceitou o destino – como costumavam comentar as vizinhas – e esperava o fim, sentada na varanda em frente à minha casa. O marido conhecia o veredicto médico: maternidade significava a morte da mãe e talvez do recém-nascido. Mas tinha imposto a sentença: o varão da família teria de nascer.

José Pacheco





António Nóvoa

António Nóvoa é Doutor em Ciências da Educação (Universidade de Genebra) e Doutor em História (Universidade de Paris IV – Sorbonne). Em 2006, foi eleito reitor da Universidade de Lisboa. Com uma intensa carreira internacional, de Genebra a Nova Iorque, passando por Madison, Paris e Oxford, foi presidente da Associação Internacional de História da Educação. Autor de uma obra vastíssima, publicada em 15 países, procura trazer olhares novos para problemas antigos.

Redaçao aPágina





A pergunta é provocadora, claro, mas não a confrontar corresponde a virar as costas a um problema real como aquele com que se confronta o colectivo docente, especialmente nos países menos desenvolvidos, marcados pela existência de importantes bolsas de pobreza.

Xavier Bonal





A Educação Inclusiva é fundamentalmente uma reforma educacional. Uma reforma educacional que visa modificar a Escola de uma forma bastante profunda: trata-se de promover o sucesso de todos os alunos, de conhecer, respeitar e aproveitar as suas diferenças para criar ambientes mais ricos e mais contextualizados de aprendizagem. É óbvia a magnitude da tarefa. Por vezes até nos perguntamos se essa tarefa é possível…

David Rodrigues





São dois verbos aparentemente contraditórios. O primeiro, parece indicar a actividade de conhecer o que se faz; o segundo, a de colocar na mente de uma pessoa ideias novas. Parecem contraditórios e, no entanto, são actividades que precisam de andar juntas. O aprender está normalmente associado a educação. No entanto, no meu entender, é um acto contínuo ao longo da vida. Pelo que podemos dizer que o conceito está associado a ir adquirindo conhecimento ao longo da vida.

Raúl Iturra





Em Julho fomos bombardeados com as conclusões da avaliação externa da Iniciativa Novas Oportunidades (INO). [...] A apresentação da notícia na televisão, não me deixou indiferente: “a Iniciativa Novas Oportunidades não trouxe ganhos em termos laborais.

Susana Alves de Paiva





– Se for para mim, diga que não estou. – é a frase habitual do Prof. S. sempre que um telemóvel toca na aula, mostrando o seu desagrado através de uma ironia benigna.

Luís Souta





“Bruxelas, 14 Out (Lusa) - Portugal é o país da União Europeia que mais horas dedica à educação artística no primeiro ciclo do ensino básico, revela um estudo apresentado hoje em Bruxelas pela Comissão Europeia”.

José Rafael Tormenta





François Truffaut disse algures que a Nouvelle Vague começou graças a Jacques Rivette. Por outro lado, o escritor David Thornton disse que ele era “o mais importante realizador dos últimos trinsta e cinco anos”. Mas, infelizmente, os filmes do “crítico - tornado – realizador” não são tão conhecidos como os  de Truffaut, Jean-Luc Godard, Chabrol ou Eric Rohmer, seus colegas nos Cahiers du Cinéma.

Paulo Teixeira de Sousa





Tem sido notícia assídua, nos últimos anos, a descoberta de planetas extra-solares, isto é, que revolvem em torno de outras estrelas da Via Láctea.

Rui Namorado Rosa





Muitos analistas apresentam os países asiáticos como exemplo a seguir no que diz respeito ao ensino da Matemática, apontando os sistemas educativos do Japão, da Coreia do Sul ou de Singapura como sistemas merecedores de particular atenção.

Jaime Carvalho e Silva





As Escolas Superiores de Educação foram criadas com a finalidade exclusiva de realizarem formação de professores. E essa exclusividade manteve-se, na grande maioria das ESEs, até ao início dos anos 2000, tempo suficiente para consolidar culturas institucionais enformadas pela matriz e vocação originais. Hoje, as ESEs realizam outras formações e nenhuma desenvolve a sua acção predominantemente centrada na formação inicial de professores e educadores (FIPE).

Carlos Cardoso





Percorre-me uma crescente e desconfortável sensação de que a Região da Madeira parte, em movimento acelerado, para tempos de caos. Não se trata de uma pouco cuidada observação ao comportamento dos actores e da história que corre nesta tela da vida colectiva, mas sim de sinais preocupantes, consequência da ligeireza governativa, das características que emanam do discurso político acompanhado ao som da ópera (obra) do malandro.

André Escórcio





Ensaia-se aqui uma breve apresentação do “Learning by Design” (Kalantzis & Cope, 2005), dispositivo de trabalho pedagógico assente em correntes teóricas tributárias, muito particularmente da educação de adultos.

Henrique Vaz

 





Num das suas últimas alocuções públicas, a ex-ministra da Educação sentiu-se compelida a referir que deixava, como seu legado, melhores escolas e mais alunos nas escolas. Uma frase que teria tudo para ficar para a História se a necessidade de trilhar outros caminhos no domínio em causa não nos aconselhasse a esquecê-la o mais rapidamente que soubermos e pudermos.

Ariana Cosme
Rui Trindade





É clássico considerar a família, o grupo de amigos ou colegas, a Escola, a Igreja ou os meios de Comunicação Social (televisão, jornais, revistas, rádio) como “elementos educativos”. São elementos ou ambientes que contribuem de forma importante para a educação da pessoa, porque fornecem valores, crenças e modelos. Claro que podem ser considerados como fornecendo contra-valores ou valores negativos. A exaltação do consumo, das “estrelas” do mundo do espectáculo em geral (que agora abarca os desportos, para além do mundo televisivo ou do cinema) não deixa de ser “educação”, ou “deseducação”. Mas tudo isto é conhecido.

Carlos Mota





Desde o início do ano que eu reparava no comportamento daquele meu aluno.

Angelina Carvalho





Sei de uma escola que ocupa um dos últimos lugares do ranking nacional. Fica situada na zona histórica de uma das mais assinaláveis cidades portuguesas. Tem à sua ilharga alguns dos mais celebrados monumentos do nosso património arquitectónico e artístico. O seu nome anda associado ao mito e ao imaginário social “de que houve nome Portugal”. E, todavia, os seus meninos e meninas “deixam-se” assinalar, hoje, por esta trágica condição que o malfadado ranking determinou: serem os “últimos” alunos de Portugal. Como se, verdadeiramente, não fossem sequer alunos. Como se, quase, esta escola perdesse a razão de existir. Porque essa é a “verdadeira” função reclamada pelo ranking – decidir quem merece e quem não merece existir.    

Manuel Matos





Quem ensina e aprende está à espera, numa tocaia inconsciente, de tocar e seduzir quem aprende e quem ensina. Todas as oportunidades são boas para alegrias vividas por quem compreende e anseia aprender, por quem se deixa seduzir pela alegria de saber e de mostrar compreensão pelo mundo até querer fazer parte dele, parte activa dele, parte crítica dele, parte.

Arsélio Martins





Tenho vindo a escrever aqui sobre migrantes. Desta feita, a escrita faz-se em regime biográfico porque, de momento, estou no Brasil, num dos seus excelentes departamentos de antropologia (UFSC, Florianópolis). E o sabor da alteridade é agora algo que estou a provar.

Paulo Raposo





Uma das perguntas frequentes sobre o impacto das tecnologias de informação é se a internet está a mudar não apenas a sociedade mas também a nossa forma de pensar e até mesmo o nosso cérebro. As repostas são muitas e por vezes provocadoras ou inquietantes. Certo é que a rede não só nos debita informação, mas também configura um processo de pensamento.

José da Silva Ribeiro





Os blogues andam pelas nossas escolas; é um facto. Tal significa que muito haverá para dissertar sobre o caso. O que são? Quando surgiram? Quem inventou? Onde? Para quê? Quem faz? Quem consulta? Que mudanças provocam? Qual o interesse? Como têm evoluído? Estas e outras são questões pertinentes que me vêm à ideia quando paro e olho para lá do blogue que tenho nos dedos; questões que aguçam a minha curiosidade. Hoje, contudo, apenas trago factos práticos e pontuais do imenso mundo da blogosfera, procurando, de alguma forma, corresponder ao solicitado no editorial do primeiro número desta Revista.

Betina Astride





Na reconfiguração da geografia complexa dos múltiplos processos de regulação da Educação, como enfatizam diversas análises, um dos vectores da política educativa mais em saliência ao longo das últimas décadas tem consistido na progressiva deslocação do controlo do produtor para o consumidor na prestação do serviço educativo.

Virgínio Sá





«Entre os muros da escola» é um painel na vida quotidiana de uma turma de adolescentes. O filme retrata durante um ano a vida de um professor e da sua turma numa escola de um bairro problemático de Paris, microcosmos da multi-étnica população francesa, espelho dos contrastes multiculturais dos grandes centros urbanos de todo o mundo. Embora ambientado em uma escola francesa, qualquer professor ou aluno do mundo inteiro pode se reconhecer entre os personagens do filme de Laurent Cantet [França, 2008]. É uma recriação tão autêntica e cuidadosamente próxima da realidade que descreve, está de tal forma colada a ela, que consegue um tão admirável “efeito de real”.

José Miguel Lopes





El término empoderamiento se utiliza cada vez con más frecuencia en los ámbitos social, político y educativo. El empoderamiento (empowerment) [1] es un proceso de autodeterminación cultural por el que las personas y los grupos buscan dotarse de recursos que les permitan participar, en términos de igualdad con las personas que detentan el poder, en todas aquellas decisiones que afectan a sus vidas y a los contextos en los que aquellas se desenvuelven.

Xavier Úcar





Ela tem oito anos. Na sua curta vida, já passou por situações complicadas. Até chegar à idade em que, pressupostamente, tinha que começar a ir para a escola todos os dias, ficou com a mãe e as crianças do local onde vivia. O vocabulário de que dispunha era reduzido, mas servia perfeitamente para as conversas do dia-a-dia e para as brincadeiras, sem brinquedos, imitando o mundo dos adultos.

Pascal Paulus





Se habla de la crisis, se describen minuciosamente sus efectos, se maldice a los usureros que la han provocado, se hacen juicios catastrofistas, se golpea al gobierno desde la oposición (que debería llamarse Alternativa en lugar de Oposición) como si fuese su principal artífice… Pero se habla menos de lo que se puede hacer para salir de ella, de cuál es la actitud con la que se la debe afrontar.

Miguel A. Santos Guerra





Há algum tempo a menção a textos didáticos remeteria imediatamente aos escritos, inscritos em livros específicos. Podiam ser acompanhados de ilustrações: imagens que lhes serviam de ornamento, podendo mesmo ter relações bastante tênues com as palavras, mas não deixando de tornar a página mais leve e de atrair a atenção dos leitores.

Raquel Goulart Barreto





O cotidiano escolar permite encontros entre diferentes sujeitos e conhecimentos, porém, fomentar o diálogo como articulador do processo pedagógico não tem sido fácil, apesar dos discursos correntes, elogiosos à reflexão e à construção do conhecimento. As práticas estão marcadas pela cultura do silêncio, ignorando que aprendizagem demanda encontro com outro.

Maria Teresa Esteban





Partindo de uma afirmação-crença de Martín-Barbero, o que pede o cidadão de hoje ao sistema educativo é que o capacite para ter acesso à multiplicidade de escritas, de linguagens e discursos em que se produzem as decisões que o afetam, seja no plano laboral ou familiar, no político e econômico. Para Barbero, há necessidade de uma Escola em que aprender a ler significa aprender a distinguir, a descriminar/comparar, a valorizar (valorar, atribuir valor) e a escolher onde e como se fortalecem os pré-juízos (preconceitos) ou se renovam as concepções que temos da política e da família, da cultura e da sexualidade.

Cristina Paniago Lopes





Aí estavam os anos 90…

Ana Brito Jorge





Na história da Carochinha, Rapunzel, a dos cabelos amarelos, foi presa pela bruxa em uma torre. Um príncipe que cavalgava por ali viu suas lindas madeixas e pediu que lhe jogasse as tranças para ele subir até o claustro. Ao chegar lá, pediu-a logo em casamento. Bom, para encurtar a história, a bruxa, ao descobrir as visitas da moça, cortou seus cabelos e lançou um feitiço no rapaz. Dizem as más línguas que um espinho o cegou, mas como toda boa história encantada, tudo termina com “e foram felizes para sempre”.

Cláudia Queiroz





A questão que se coloca em título parece demasiado óbvia e de resposta imediata. Parece mesmo não oferecer dúvidas. De acordo com os dados de audiência fornecidos pela Marktest Audimetria, durante o primeiro semestre de 2009, cada português viu, em média, por dia, cerca de 3h30m de TV e o segmento mais novo (4-14 anos) viu aproximadamente menos 37 minutos (ou seja, 2h53m diárias, um aumento de 2,4% relativamente ao semestre homólogo do ano transacto). Estes dados são um primeiro indicador de que as crianças continuam a ver TV, a par de outras actividades. A investigação que se tem desenvolvido sobre este tópico tem também fornecido alguns dados que confirmam a importância que a TV continua a ter na vida quotidiana dos mais novos, no seu processo de socialização e na forma como encaram e conhecem o mundo.

Sara Pereira





A actividade lúdica tem-se mostrado um instrumento indispensável aos programas de promoção da saúde em meio escolar, quando inserida em sessões estruturadas. Poderá ter diversos objectivos, como a criação ou reforço da coesão grupal, a consolidação ou introdução a aprendizagens ou um elemento-chave para que, em conjunto com outros instrumentos, se modifiquem comportamentos. Frequentemente, existe uma boa adesão dos alunos a este tipo de jogos, o que se traduz a nível de planeamento pela utilização de uma estratégia facilitadora no sentido de se alcançarem os objectivos a que um programa promotor da saúde se propõe.

Nuno Pereira de Sousa





Quando Richard Sennet − em seu conhecido ensaio de 1998 sobre as conseqüências pessoais das transformações do trabalho no novo capitalismo − mostrou-nos que mais liberdade, menos rotina, burocracia e monotonia, mais flexibilidade e compromissos de curto prazo não representavam uma indiscutível melhoria nas condições da nossa existência, fomos tomados de assalto. Sennet alertou que as mudanças consideradas em seu conjunto como expressivas de um trabalho humanizado estavam deteriorando justamente aquilo que era o eixo da vida humana: as virtudes de caráter. 

Marisa Vorraber Costa





Trabalhar na sala de aula as mensagens publicitárias; debater o consumo alimentar e as suas motivações; organizar jogos com objectivos pedagógicos – são ferramentas importantes para usar e abusar, numa época em que a velocidade de informação é de tal ordem que muitas vezes dificulta a reflexão.

Débora Cláudio





O Processo de Copenhaga foi lançado como uma plataforma de coordenação de políticas, envolvendo trinta e um países europeus na sequência de uma Resolução do Conselho Europeu de Março de 2002. Seguiram-se um conjunto de decisões relativas à construção de instrumentos técnico-políticos de âmbito europeu visando a harmonização e o reconhecimento de qualificações no campo da educação e da formação profissionais (EFP): Europass, Quadro Comum de Garantia de Qualidade (QCGQ), Sistema Europeu de Transferência de Créditos em EFP (ECVET) e Quadro Europeu de Qualificações para a aprendizagem ao longo da vida (QEQALV).

Fátima Antunes





João nasceu numa família da classe média, teve uma educação esmerada, “muito acima da média para a altura”. O desafogo económico da família marcam a infância de João, e dos pais recebeu incentivos para o estudo e “determinados valores”, que não esquece. Descobriu desde muito cedo que os outros lhe reconheciam qualidades para liderar e a afirmação do seu sentido de liderança foi-se desenvolvendo com o tempo, “foi crescendo”.

José Manuel Silva





Nos últimos anos, o concepto da violencia de xénero non estivo exento de controversia. Aínda que inicialmente se falaba de violencia doméstica, foron moitos os/as autores/as que se negaron a utilizar ese termo; xa que presentaba un dobre problema: por un lado, non especificaba a dimensión de xénero, e por outro, tampouco mencionaba quen era o agresor.

Yolanda Rodríguez Castro





Li «A Place Called School: Prospects for the Future», de John Goodlad, em 1985. O livro foi publicado em 1984 e contrastou com «A Nation at Risk: The Imperative for Educational Reform», um relatório com menos de 40 páginas, publicado em 1983 e produzido por uma vasta comissão nomeada por Ronald Reagan e liderada pelo Professor David Gardner.

Domingos Fernandes


  
A Página impressa
Edição N.º 187, série II
Inverno 2009

Brevemente disponível online.



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